Atenção primária à saúde: Quais são os serviços oferecidos?

Você conhece a rede de atenção primária à saúde (APS)? Nesse artigo, nós vamos te explicar tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento desse sistema, de forma a estar por dentro de todos os serviços que você tem direito!

Primeiro, o que é a atenção primária à saúde?

Nós já explicamos aqui no blog como funciona o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde pública municipal, apresentando a distribuição de competências e serviços entre as unidades e esferas governamentais. Uma delas é justamente a atenção primária à saúde, também conhecida como atenção básica à saúde (ABS).

Considerada a porta de entrada do usuário do SUS, a rede APS é a primeira divisão do sistema, responsável por realizar o atendimento e acompanhamento de rotina, tratando e prevenindo problemas simples. A estratégia tem como objetivo garantir a integralidade, continuidade e eficiência da rede pública de saúde.

Como funciona a rede APS?

A rede de atenção primária à saúde, como define o Ministério Público, se refere a um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que envolve a promoção e a proteção da saúde. Esse papel inclui a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. A partir disso, esse nível de atenção também coordena o encaminhamento dos pacientes para a atenção secundária e terciária sempre que é necessário um atendimento especializado.

Um dos focos da APS é manter o vínculo com os pacientes ao longo de toda a vida, atuando de forma próxima e humanizada. Existem diferentes configurações desse sistema, que variam conforme o município, mas a principal estratégia utilizada atualmente é a saúde da família (ESF), que aprofunda os processos de territorialização e responsabilidade sanitária das equipes de saúde, basicamente compostas por um médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Nesse modelo, cada grupo é responsável por assistir um número definido de domicílios e famílias por região.

Em conjunto à assistência domiciliar, há também as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que oferecem acolhimento, atenção médica e bucal, distribuição e administração de medicamentos, vacinas, visitas domiciliares, atividade em grupo nas escolas, nas associações e de educação em saúde.

Assim, você pode se cadastrar na UBS mais próxima a você e se dirigir à unidade sempre que precisar de atendimento médico emergencial ou de rotina, basta apresentar:

  • Cartão SUS;
  • Comprovante de residência;
  • Documento de identificação;
  • Cadastro na Unidade para acompanhamento regular.

OBS: No caso de pessoas em situação de rua ou em que há risco de vida, estes documentos não são exigidos.

Serviços oferecidos na rede de atenção primária à saúde

  • Acolhimento e identificação da necessidade médica;
  • Consultas individuais e coletivas feitas por médicos, enfermeiros e dentistas;
  • Visita e atendimento domiciliar;
  • Cuidados para a saúde bucal;
  • Vacinação;
  • Desenvolvimento das ações de controle da dengue e outros riscos ambientais em saúde;
  • Pré-natal e puerpério;
  • Acolhimento da mãe e do bebê após alta na maternidade;
  • Rastreamento de câncer de colo uterino (preventivo) e câncer de mama;
  • Curativos;
  • Planejamento familiar;
  • Teste do pezinho;
  • Teste rápido de sífilis e HIV;
  • Teste rápido de gravidez;
  • Prevenção, tratamento e acompanhamento de doenças sexualmente transmissíveis e de doenças infecto-contagiosas;
  • Acompanhamento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e doenças respiratórias;
  • Ações de promoção da saúde e proteção social na comunidade;
  • Controle do tabagismo.

Gestão compartilhada na rede de atenção primária à saúde

Como você pôde perceber, a atenção primária à saúde é uma iniciativa essencial para o acolhimento e a humanização da saúde no Brasil. No entanto, o programa sofre com alguns desafios, como financiamento, desvalorização política e social, além de dificuldades na capacitação profissional das equipes.

Pensando nisso, uma das estratégias cada vez mais utilizadas na administração municipal da saúde é o estabelecimento de uma gestão compartilhada com Organizações Sociais sem fins lucrativos. Dessa forma, há a desburocratização, economia e agilidade nos processos gerenciais para as unidades e programas e ações, em diferentes esferas. Entenda como funciona um projeto de gestão compartilhada e todas as vantagens que esse modelo traz para todo o Sistema Único de Saúde!

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